Archives for category: palmas pra mim

Qual o nome dado para quando você quer voltar a fazer ioga incontinenti, marca uma aula experimental no primeiro lugar que aparece, e os seguintes fatos acontecem:

A 15 minutos da aula, você descobre que a escola mudou de lugar…

… e fica ali atrás da sua quadra, num apartamento…

… cuja dona é uma mestre iogue indiana…

… que só dá aula para pequenos grupos…

… basicamente de meditação e alongamento?

Eu chamo de “só acontece comigo”.

Lembra lá em 1915, quando eu disse que ia fazer um post antes-e-depois do meu muquifinho? Pois bem. O tempo passou, eu esqueci, aí lembrei, fiquei com preguiça e acabei desistindo. Eis que acordo ontem possuída pelo demônio das 12-horas-seguidas-de-sono e começo a mudar a casa toda de lugar; e aí, claro, deu a maior vontade de fazer as fotos. Vem comigo, então.

O apartamento (note a hipérbole)

Na verdade eu moro no que pode ser chamado de sala comercial, ou quitinete. Aqui quase não tem divisão, é tudo bem encaixado pra ser prático dentro dos 24 m2 – acho que foi por isso que demorou tanto tempo para eu considerar o lugar “decorado do meu jeito”. O que mais me conquistou foi a estante que “divide” cozinha de quarto – e segundo minha cunhada, é inspirada numa obra do Athos Bulcão, que fica no Palácio do Itamaraty.

Estante

estante, evoluindo


(clique nos thumbnails pra ver as fotos)

Quando eu aluguei, aqui era uma quiti com varanda, só que as esquadrias estavam velhas e mal pregadas, o que fazia a água da chuva entrar pelo vão de baixo. Além disso, tinha uma cortina de escritório hor-ro-ro-sa acoplada. Levei meses nas costas da imobiliária, cobrando para fechar a varanda com blindex e pedindo para tirar aquele show de horror de antes, até que eles mandaram uma dupla de faz-tudo mequetrefe, que acabou fazendo um trabalho de merda e até quebrando uma parede. Não se pode ter tudo. No entanto, ficou melhor: o espaço ficou mais amplo.

Janela

com esquadria/sem cama e sem esquadria/com cama

Na cozinha, coloquei aquela mesa que fiz com o Mano (ver aqui), já que ele saiu daquele cafofo e não precisou mais. No “escritório”, vulgo hall de entrada, mamãe me agraciou com uma mesa de vidro e cavaletes.

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mesa-mano

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mesa-madre


* a cadeira eu achei num usadão. linda, né?

Aí foi complementar e deixar com cara de casa. Um bom exemplo é a parede interna, que eu pendurei meus rrrobedechambre como se fossem obra de artchi, e botei uma sapateira embaixo pra dar um colorido. Comprei também um pufe maravilhoso assim que vendi o sofá fúcsia que comprei por impulso (e não merece ser retratado), e joguei ali no MUNDO DO ARCO-ÍRIS. A ver:

parede

pufe, te amo, você é lindo.

E os detalhinhos, que fazem toooda a diferêêêinça no dia-a-dia, néam?

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criado-mudo

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facção cozinha-quarto

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porta de entrada

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fotos pela casa

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there, i fixed it nécessaire

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uma rrrede preguiçosa pra deitar

Minha terapeuta diz que cuidar da casa é cuidar de si. Tô ou não tô cuidadinha?

Há coisas que não mudam nem com a maturidade. Vou contar uma historinha introdutória, e aí concluo.

Quando namorava um americano, resolvi levá-lo para aquele tour no centro, para conhecer essa paulicéiadesvairadabemloka e saber bem onde estava pisando.
Durante o passeio, vimos uma daquelas banquinhas que o cara fica fazendo mágica e tomando dinheiro dos passantes crédulos. Eu ri. Ele, tirou uma nota de cinqüenta e entregou pro cara. Antes que eu pudesse dizer whaddafuck?, o cara já tinha começado o espetáculo.
E, mesmo comigo olhando prá ver se ele trapaceava, não adiantou. Perdemos os cinqüentinha. MAS ERA ÓBVIO. Me senti como aquelas pessoas que compram ouro de cigano na rua (ops, já presenciei um caso desse quando mais nova). Ele ainda tinha a desculpa de ser gringo, no conppréndo. Eu não tinha desculpa nenhuma.

Bom, anos mais tarde, comprei um celular que vinha com um joguinho de bejeweled. Tá, da Paris Hilton, mas não importa! O joguinho era demo e eu pensei comigo “nunca fiz investimento algum no meu celular, é chegada a hora.”, e comprei.
Agora, QUEDÊ que eu acho meu jogo?
Não aprendo, não aprendo.

Eu devia me conter e esperar a Ivi postar , mas ando leonina feito ela e vou postar aqui.

Oito anos de tintura, alisamento, tesouras, navalhas e John Frieda até alcançar a decência.

Não é todo mundo que sabe, mas este ano sofri uma intervenção por parte da terapeuta, meus pais e Dra. Vodca. Tive que admitir em voz alta as atrocidades que fazia com meu pobre dinheirinho e todas as práticas altruístas que fiz para a família Setúbal.
Passado o período em reabilitação, comecei a zelar mais pelo meu massari. Tanto, mas tanto, que essa semana eu quase tive uma síncope.
Conferindo meu extrato, vi que tinha entrado um cheque na minha conta. Liguei no freela antigo, não era, liguei pra mãe, não era. Liguei pro banco e falei que não era meu. A mocinha ainda falou “ai, tomara que seja, né?” e eu só pensando no dia que o banco ia me ligar pedindo a grana de volta.

Só hoje caiu a ficha que, pois é, eu tenho um novo emprego, e nesses lugares chamados “emprego” eles costumam pagar as pessoas no começo do mês.
E eu ainda paguei o micão de ligar para o financeiro confirmando.

Situação: sua franja está entrando nos olhos, e você já está atrasada para sair.
– Corta quando chegar em São Paulo. – diz a mãe.
– Acho que vou pedir pro Jorge cortar.
– Não, corta você que você sabe fazer isso sozinha.

Sei tanto que hoje estou a cara dela.

Humpf.

Ontem, por muito pouco eu não passei a viver a vida do Victor Mancini, personagem de Choke. Graças a um pedaço de lula mal-cortado, comecei a sufocar. No começo achei que fosse aquela coisa de falar “São Brás” que tudo melhorava, mas não adiantou. Ao meu lado, doutor Tenente dava uns tapinhas nas minhas costas, tipo cumprimento. Na minha frente, o namorado me olhava, curioso. E eu tentando dizer, em meio à minha falta de fôlego, HEIMLICH MANEUVER!
Ninguém fez nada, e eu acabei tossindo a lula. Azar meu, também não ganhei cheques de ninguém pelo ato heróico.

Meu mais novo desafio é conseguir assobiar esta música. Os ouvidos de papai atestam meu sucesso.

E, até então, não conheci UMA pessoa que viu Juno e não se sentiu obrigada a baixar a trilha.

Quem é a pessoa que fica superempolgada ao encontrar um livro na internet que acaba comprando O ROTEIRO DO FILME, por engano?
– Eu.

Sim, vi que Art School Confidential estava baratinho numa livraria virtual, mandei bala e, quando chegou, fué.
É pr’eu aprender.

Hoje realizei minha primeira má ação do ano. Tinha um menininho brincando com a gente na praia, irmão de uma presente. Ele era bem espertinho prá uma criança de cinco anos, então tive uma brilhante idéia:
– Vamos brincar de croquete? Deita na areia e rola!

Ele obedeceu.

Ai, que remorso!